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Algumas sentenças sobre predestinação, pecado e liberdade

janeiro 29, 2019

narrow gate

I. Quem se salva, salva-se primeiramente por graça de Deus, porque todo o bem, mormente o sobrenatural, tem necessariamente Deus como Causa Primeira.

II. Quem se condena, condena-se primeiramente por sua própria culpa, porque todo o mal tem necessariamente origem no defeito do agente finito e, portanto, não divino.

III. Deus não abandona ninguém ao mal, mas dá a todos os meios e graças suficientes para alcançar o Bem Eterno.

IV. Se os réprobos só fossem capazes de fazer o mal, sua condenação seria injusta e absurda.

V. Deus condena os réprobos porque estes rejeitam o bem que poderiam ter escolhido livremente.

VI. Deus não condena os réprobos por um decreto absolutamente arbitrário de reprovação.

VII. Se Deus quisesse, porém, poderia salvar a todos, dando-lhes inclusive graça acima da medida necessária para atingir a bem-aventurança.

VIII. O grande mistério da predestinação é porque a uns Deus dá graças eficazes para a salvação e a outros apenas graças suficientes.

IX. Deus não é absolutamente obrigado a salvar ninguém.

X. Nenhuma criatura possui, por natureza, direito ao Céu.

XI. O certo é que Deus quer a salvação de cada um mais do que cada um quer a própria salvação.

XII. Querer a própria salvação já é receber a graça divina.

XIII. Não querer a própria salvação é rejeitar a graça divina.

XIV. A graça não anula, mas aperfeiçoa a liberdade humana, que não é uma ficção.

XV. Ser capaz de pecar é não ter a liberdade em plenitude.

XVI. Os santos na glória são perfeitamente livres, enquanto os cristãos que peregrinam na Terra não são perfeitamente livres.

XVII. Ninguém é mais livre do que Deus, e Deus não pode pecar.

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